Friday, January 28, 2005
Comecei meu blog!
Eu comecei meu blog, coisa que até bem pouco tempo atrás eu diria que não faria. Mas o que sabia eu sobre mim, alguns dias atrás? Não que hoje eu saiba muito, mas já aceitei que jamais poderei prever meu futuro ou manter posições dogmáticas. Então, está aqui esse blog, para dar espaço às coisas que eu escrever, para depois eu curti-las, relembrá-las ou arrepender-me delas. E para quem quiser compartilhar suas opiniões comigo.
O primeiro post é um texto que eu escrevi em Curitiba na casa do grande amigo Rubens K. Só que eu estava tão cheio de conhaque & cerveja Xingu na cabeça que errei feio uns subjuntivos. Então, aqui está a versão "gramaticamente correta" da coisa. Beijos para todo mundo que gosta de ser beijado.
"Dois... ou três dias de chapação? Mas... eu não chapei – continuo quase tão sóbrio quanto cheguei. Mas não tão tolo quanto. Não sem perspectivas restritas ao emprego-casa-família-e-carro-do-ano se deus quiser. A vida vai além disso. Alguém me disse que não ter medo da vida é o passaporte para sabe Deus onde, um lugar bom, feliz e sem muito chão fixo. Seria uma pieguice do caralho não tivesse vindo das circunstâncias e da boca que vieram. Eu já não mais quantifico tempo futuro nem qualifico o passado. Tudo vai ser diferente do que jamais foi. Como sempre.
E eu sigo procurando um lugar chamado lar, um lugar que não vai estar muito além de mim mesmo e espetacularmente encoberto da minha vista.
QU&ANDO EU PERDER O MEDO DA VIDA
quando eu me levantar da cama
quando eu sair do chão
quando eu vir a porta
quando eu apoiar minhas mãos
quando eu escorregar
quando eu cair de novo
quando eu me levantar sem perspectiva
quando eu souber que há mais que o tédio
quando eu andar até a saída
quando eu girar a maçaneta
depois que eu hesitar
quando eu abrir a porta
eu terei chego
alguns dias mais perto do meu fim
e avançado alguns dias dentro de mim
(Valeu, Rubão, pela inspiração)
O primeiro post é um texto que eu escrevi em Curitiba na casa do grande amigo Rubens K. Só que eu estava tão cheio de conhaque & cerveja Xingu na cabeça que errei feio uns subjuntivos. Então, aqui está a versão "gramaticamente correta" da coisa. Beijos para todo mundo que gosta de ser beijado.
"Dois... ou três dias de chapação? Mas... eu não chapei – continuo quase tão sóbrio quanto cheguei. Mas não tão tolo quanto. Não sem perspectivas restritas ao emprego-casa-família-e-carro-do-ano se deus quiser. A vida vai além disso. Alguém me disse que não ter medo da vida é o passaporte para sabe Deus onde, um lugar bom, feliz e sem muito chão fixo. Seria uma pieguice do caralho não tivesse vindo das circunstâncias e da boca que vieram. Eu já não mais quantifico tempo futuro nem qualifico o passado. Tudo vai ser diferente do que jamais foi. Como sempre.
E eu sigo procurando um lugar chamado lar, um lugar que não vai estar muito além de mim mesmo e espetacularmente encoberto da minha vista.
QU&ANDO EU PERDER O MEDO DA VIDA
quando eu me levantar da cama
quando eu sair do chão
quando eu vir a porta
quando eu apoiar minhas mãos
quando eu escorregar
quando eu cair de novo
quando eu me levantar sem perspectiva
quando eu souber que há mais que o tédio
quando eu andar até a saída
quando eu girar a maçaneta
depois que eu hesitar
quando eu abrir a porta
eu terei chego
alguns dias mais perto do meu fim
e avançado alguns dias dentro de mim
(Valeu, Rubão, pela inspiração)